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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sem fim.

Sem fim.


Pego-me lendo meu rosto no espelho,
Meus olhos lendo-me,
Eu aos meus olhos.
Fatos e momentos escritos em mim,
Fatos escondidos,
Nunca mostrados,
Segredos...
Fatos secretos em sonhos e fantasias,
Maturações...
Desejos...
Olho-me,
Examino-me...
Cada novo olhar,
Nova leitura em mim,
Minha face,
Em meus olhos ávidos
Em conhecer-me cada dia mais.
Conhecer-me,
Chave de mim...
Exaltar de bons, lindos,
Alegres momentos...
Garbos de tolo,
Somas temporais.
Livro escrito em mim,
A quem importa mostrar?
Quem importa-se ler?
Propriamente do sentido de vida,
Muda-se ao decorrer...
Ambições mudam-se ao decorrer.
Qual sentido olhar
Além do simples feliz viver?
Destilação, refino do melhor
De frações de micros momentos.
Tomar guarda esmerada do
Frágil invólucro momentual.
Tesouro legado...
Canção em lenta composição vivencial
Para libertar em suave
Sopro ao vento que leve...
Sem adeus,
Sem fim.
Vento infinito.


(Jonathan Freitas)

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