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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Girassóis.

Girassóis.


Inquietantes girassóis.
Jeito de mãos,
Pendulares cabelos
Cobrindo face,
Olhos se escondem
Entre cabelos e girassóis...
Faceira fuga maneira,
Junto, perto,
De longe e muito longe.
Receoso olhar dizendo
Não poder amar agora...
Sabedor do fato,
Não mais busco
Entre girassóis...
Incontrolável desejo
Desaguando em sonhos,
Devaneios de percorrer
Cordilheiras de asas,
Entre nuvens ocultar-me,
De muito distante olhar,
Tentando distinguir,
Girassóis de teus cabelos...
Sonhos de encontrar
No findar da trilha
Dos girassóis...
Mão, carinhos nos cabelos,
Descobrir olhos,
Ler a paixão escrita,
Mesma paixão,
Da mesma luz,
De o primeiro olhar...
Que se escondeu
No primeiro girassol...


(Jonathan Freitas)

domingo, 24 de abril de 2011

Derradeirar.

Derradeirar.


Sabes de quanto amor te falo?
Do mesmo tanto que não vivo...
Do presente que espera a vez,
Fruta em maturação,
Vestes guardadas,
Aguardando crescer,
Ou emagrecer...
Noção da pronuncia teu nome,
Mesmo tom de dor
E melancolia questionando
Por queres...
Sucumbido da paixão,
Conformado de saudade,
E mais irrelevante medida de chão,
Silêncio...
Coração que proibiu te amar,
Mandou-me caminhar,
Procurar...
Mas desobediente agregado
Da preguiça de novas dores,
Novas cores...
Não confundir em ofuscamento
Meus olhos,
No processo costume renovação...
Mas sem volta,
Luzes se apagam,
Cortinas se fecham,
E ficarei só no palco sem platéia,
Agregando pó nas teias...
Tornar-me ao coração implorante,
Ao desejo caminhante,
Viajante...
Que somente deseja
Outro amor...
Outro palco,
Novo espetáculo
Nova platéia...
Confiando, esperando
Não mais dores gozar.
E te guardar nas lembranças,
Somente lembrar...
Amores não se apagam.
“Nem quando as cortinas se fecham.”

(Último verso extraído do comentário de Aline Moreira de “Melhores tempos” para “Derradeirar” - http://www.melhorestempos.blogspot.com/)


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Poema sem fim.

Poema sem fim.


Dos cometidos atos,
Nada feito por inocência,
Nada doado por troca,
Nada recebido acolhido por carência.

Respostas de galope,
Em vento turbilho,
Reações em ações,
Irreversível cometido.

Sem canções de saudades,
Sem lamentos canções,
Sem turilos fumegantes rezas,
Pungência de trinos tristes.

Dores cantam tristes
Apagando luzes,
Calando pássaros, flores, peixes...
Nublando dia em noite.

Mais passos adiante,
Deixando evento,
Largando nas memórias,
O tempo ponto magoado.

Acalmando o refluxo
De lágrimas,
Das magoas cicatrizadas,
De asas em solo apenadas...

Após longa escura noite,
Anseio de novo sol,
Atentando a novas,
Prenúncios...

Em dia claro,
De novos sonhos,
Canto novo sorriso,
Alegre canto.

Encantos de volta ao olhar,
Magia sentida inspirada,
Ventos calmos na face
Vertida ao acima céu de olhar.

Repetindo permitir
Luz e cores a volta,
Na nova clarecência
Da retomada luz sentida.

Tornar-me ao mel floral,
Adoçando a boca de cantar...
Semear canções, versos...
Germinar novos sonhos.

Com a mesma fé
Dos pés descalços,
Certeirar-me de certificados
Dias felizes...

No prosseguir,
Na vida,
Da vida,
Do poema sem fim...


(Jonathan Freitas)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tempinho sobrante.

Tempinho sobrante.


Te desejo que despertes
Alguns instantes antes
Que previsto,
Antes de teu raiar.
Maior dia, mais tempo,
Mais...
Neste tempinho sobrante,
Uma música a mais no dia,
Talvez mais uma canção
Soprada ao vento...
E em mais conseqüente possível
Deste mais,
Mais surpresas,
Mais serenidade
No tempinho sobrante.
Mais fatos,
Somas...
E assim mais deleite,
Mais vivenciar em proveito
O breve de viver,
Dom de viver...

Te desejo em metáfora,
O dia de sol,
(sem contraponto a chuva)
Luz...
Um pouquinho mais clarinha,
Por conta do tempinho sobrante.
E dentre somas,
Entusiasmar teus sonhos,
Tua fé,
Teu amor...
Sonhos, motivos de idealizar,
Fé, motivo de acreditar,
Amor, motivo de fazer.
Assim se dando
Mais um afinco marcado
No credo de conquista
Do apogeu do ser feliz...

Te desejo de simples,
Todo mais tempo possível
De viver...

Te desejo ainda,
A desconhecida maneira
De maior proveito,
Da sapiência para as medidas...

Te desejo (momentaneamente) por fim,
Que tenhas mais,
E todo tempo de viver...
Um tempinho sobrante,
Para mais e mais,
Lapidar e polir
A simples condição
Feliz vivente...


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Apenas nós...

Apenas nós...


Buscarás então ao sorrir...
...interior.
Se chorares,
Que não por mal,
Alegrarás corações.
Se não por mal,
Bem a quem mal te quer.
Serás tu em ti,
Personal...
Teus mais puros sentimentos,
Remeta-os por
Menestrel viajante,
Alegrador de seres,
Vidas e corações...
...portador de emoções.
Se faltarem-te palavras,
Teus olhos o farão.
Mais que palavras,
Teu coração...
Puro qual criança.
Lindo,
Sol ao despontar,
Paz...
Viverás por ti próprio.
Qual um sonho
Pode ser real...

PÔRRA!!!

É lindo...
Belo...


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Poema missivo.

Poema missivo.


Basta parar e olhar,
Num breve sentir,
Mão, caneta, papel deixar fluir...
Examinar a alma
Buscando sentimento
Que libertem minhas palavras.
Sentindo respirar o pulso,
E letras desenhar para cima
E para baixo no mesmo compasso...
Surpresa de abrir olhos,
Sentir em papel sentimento
A figura da alma,
Pulsada...
Postada para outros olhos,
Coração...
Energia de desprendimento,
Ah, essa não se prende,
Não se grafa no papel...
Esta é acolhida, sentida
Da remessa sentimento...
Também fácil será
Percebê-la voltando mais quente, doce, suave...
Com perfume do amado coração,
Da alma de crescente querer...
Em mim de novo...
Agora novo adormecer,
De novo sonho te escreverei com
Mais de meu desejo,
Mais amor de mim...


(Jonathan Freitas)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tempo perdido.

Tempo perdido.
(Poema triste)


Perdi oportunidade
De dizer sim,
E passei da hora
De dizer não.
Ilusionismo dos
Fatos à volta.
E muito do que aceitei,
Permiti,
Foi sem a certa medida.
Muito joguei fora,
Se mensurar precisão futura.
Muitos recomeços
Sem o certo inicio.
Fases de temporão se deram.
Muitos finais
Sem fechamento,
Ou mal findados.
E assim se vai
O tempo adiante,
Sem volta.
Para sempre recomeçar.
Em que no breve,
Ainda sem rumo,
Retomando esperanças,
Ainda se vê,
Pequena vida de
Tempo perdido.


(Jonathan Freitas)