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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pra você.

Pra você.
(Sim, pra você)


Aconteceu novamente,
Deixado de lado,
Vendido,
A ver navios passarem.
Sem uma palavra que atine para
O estalo propulsor da partida,
Sem até breve
Ou adeus.
Elaborando, imaginando o ocorrido,
Tento desculpar-me
Por sei lá o que.
Péra!
Para tudo!
Desculpas por mim?
Sim, por ser assim,
Como me vê?
Como me lê?
Me sente?
Não, não mais,
Gosto-me muito.
Tão pouco a todos
Pretensiono agradar.
Talvez sejamos todos diferentes,
Para conhecermos a nós mesmos
Em referenciais opostos.
Talvez o conspirador
Tenha alterado planos para nós.
Talvez seja teima tentar,
Contrariar tais conspirações
Talvez não seja sábio.
Não mais invocarei
A lei do Príncipe e da Raposa.
Deixemos como está,
Deixemos novamente adormecer,
Congelar a paixão,
Guarda-la...
Quanto ao amor,
Deixemos que continue levitando,
Vagando em canto,
No leve vento,
Na canção que compomos...
Marcada para sempre
Nos fatos de tempo.
Seremos somente dois personagens
De mais uma lenda cantada nos platos.
Linda canção...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tempo de amar.

Tempo de amar.


Por todo tempo,
Manhãs, tardes e noites,
Assisto, contemplo, divago
De ver passar tempo,
Passar tudo.
Todos andam, giram,
Vão e vem de todos
Para lugares,
Distancias medidas.
Surgimentos, desaparecimentos,
Novos e velhos
Em seres almas
Caminhantes, viventes.
Louco mundo de baratas tontas.
Muitas “coisas” e seres,
Loucos dessentidos,
Sem sentido.
Irregulados, virados.
Procuras,
Muitas buscas “insanas”.
Desapercebido trombamento ,
Esbarramento de seres,
Sem união que haja.
Cegos e surdos
Carentes descrentes
De encantos, sonhos, magias,
De amor na alma...
Multidões de solitários...
Sem que olhos se adocem com o belo...
Umbigos de egos...
Passagens fugazes...

Oh, seres cansados!
Paremos um pouco,
Serenemos...
Ao menos, nos olhemos,
Um pouco que seja...
Aproximemo-nos,
Tentemos nos sentir um pouco...
Estendamos mãos
Buscando o suave toque
De dedos da alma...
Partilhemos nosso calor,
Em simples, fraternos,
Puros abraços...
Acolhamo-nos, cuidemo-nos,
Doando-nos a todos...
Unindo-nos em força,
Por uma só busca...
Paremos para tempo de amar,
Simples amor,
Pleno...


(Jonathan Freitas)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Canção de acordar.

Canção de acordar.


Acordo ouvindo
As piores canções que gosto.
Rementencia as lembranças
Que machucam de saudade.
Prazer, saudoso relembrar,
Re-sentir...
Me venho todo de volta
Para mim.
Platos...
Equacionar-me no de agora sentido,
De momento vivido,
Que de certeza sem volta.
Em causa lamento misto,
Dor doce sofrer alegre lembrar...
Janela dos quinze anos
Em nova lembrante abertura,
Sofrendo de mim mesmo,
Instantes doces momentos
Da exata melhor vivencia
Do mais puro ser perdido alcançado.
Onde a ademais alma passada
De agora atentada vivenciada,
Discorre ante olhos.
Busco novo infortuito abraço,
Que de cada vez mais longe
Afasta-se de mim.
Até desaparecer, sumir de mim,
E das vista que alcanço em lembranças,
Ao findar canção de acordar.


(Jonathan Freitas)

Prece ao oráculo.

Prece ao oráculo.


Trago em olhos duros de sede,
Em face fria,
Prece...
Diante oráculo universo,
Reverencio em mostras,
Amor justo merecido pedido.
Clamas de alento coração,
Clamas de alento paz...
Erguendo-me a junto olhar,
Revira-me em âmago,
Nada ocultar,
Sentidos pensares desejos,
Questionado em resposta de olhar,
Pulsar desejos,
Puros desejos...
Devolto ao solo tabernáculo vivente,
Agradecimentos reverentes
Ora esperantes.
Acuso-me em fraquezas
Diante ilusões confundintes,
Confuso mundo de viver
Em reviravoltas convenções...
Reconheço-me humilde
Micro grandeza,
De insignificado presente,
Em importância de contexto universo.
Atrevimento diante priores maiores,
Resoluções...
Importância de auto julgo carente
Em considerada dor sentida,
Cura...
Renovo votos,
Em maior bem estar,
Maior ingresso vôo
De amplitude visão.
Desprendendo soltando
De raízes de ego...
Semelhantes seres carentes.
E mais gostoso torno
Meu pequeno mundo à volta,
Mais agradável
Pequeno mundo à volta
De mais e mais seres
Felizes em partilha troca
Doação...
De simples puro amor pleno.


(Jonathan Freitas)

Sojedão.

Sojedão.

Solidão de hoje,
Coisas fatos de ontem.
Sem mais raízes que lembrem
Importem motivo.
Verso em versos só,
Versando conto,
Canto de só estar,
Verso dias passados,
Felizes lembrares.
Ares antigos,
Verso em clamas desejo
De respirar.

Pirar de solidão,
Versar entre lácrimos
Crivos grilhos,
Exílio de vagas entre idos.

Lamentar
Alimentar sofrer.
Roer de alma
Salva busca
Ofusca esperança.

(sem tomar fôlego)
Matança crer
Do ser sem ver
Deter reter de
Ida sem vida esquecida
Sentida desnacida
Seguida na trilha
Da ilha perdida
Em despedida partida
Em morrida
Saída de vida sofrida.


(Jonathan Freitas)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tome.

Tome.


Nada lido significado,
Que por “supuesto’ me tenhas,
Me dirá de certo
Tua verdade de mim.
Ilusione em tolice
O teu olhar soberbo.
Tome-me ao mistério,
Surpreso vindouro.
Forte e violento te atinjo
Em face de tantas incertas,
Perdidas certezas disformes,
Em camuflas de mim.
Previste-me cativo,
De preso a tua paixão,
Mensuro momento verdade,
Breve passagem momento,
Anda-se por si tal “bicha” fila,
E sacanea-te  na revolta
De bola de cristal
Pragmada para mim.
Tome...
Engula em seco
Tuas tramas futuras para mim.
Desanprenda do mal aprendido,
Morra renasça,
Custando-te quantas sejas
Vividas tentativas.
E quando por fim me aprenderes,
Vagarás em tudo novo,
De novo outro já me sou
Tome...
De longe estou,
E nem de lá te vejo,
Te lembro ou recordo...
Reúna em vão todas armas
Contra minhas fracas defesas passadas.
Exércitos...
Mudo-me e fortaleço-me por dia...
(Ednardo me ajude)
“...Eles são muitos, mas não
Podem voar.”
E se parafuderam me buscando.
Tome...


(Jonathan Freitas)

Estrelas.

Estrelas.


Cerrei meus olhos,
Deparei-me com o mais
Lindo sorriso imaginado.
Olhos de carinho...
Semblante de luz...
Aproximei-me,
Mãos em suave toque as minhas.
Terno e longo abraço.
Boca...
Doce boca a minha tocar,
Beijo de rasuras temporais,
Emocionais, racionais...
Estrovengando sentidos.
Calor do corpo.
Coração junto ao meu,
Pulso compasso sentido.
Quero-me sempre assim,
Junto...

Em dormente sono,
Em sonho te vi ao longe,
Horizonte,
Ao por do sol.
Junto ao astro se indo,
Em ofusca silhueta.
Desaparecendo em chegada escuridão.
Estrelas em lento surgimento.
Olho-as em adivinhação,
A qual contemplar?
A qual dedicar meus versos e canções?
A qual dedicar flores
Com beijos da alma?
Do coração...
De amor...

Vago noites,
Olho e aponto estrelas,
Faço-me em canções,
Noites serenatas...

Canções estrelais busco ouvir.
A voz...
O brando som...
Desejo de branda voz a clamar-me.
Uma só vez que seja...

Coração de teu ser...

Faço-me em orações de bem querer...
Guardar-te em carinho.
Na oculta,
Desconhecida,
Ou inexistente estrela.
No imaginário sonho do som
Que espero ouvir...

Anseio de noitificar-me
Por estrela.
Estrela da flor.
Estrela da canção.
Estrela...


(Jonathan Freitas)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Músicas e flores.

Músicas e flores.


Sinto-me ofertando-te uma rosa...
Ofereço-te com terno carinho,
Com afago de olhar,
Com tremor de mãos
Em distorce à real formosura floral,
Mas em vibrações de sentimentos
Emanados por paixão,
Irradiados...
A todos que se vitimarem
Por minha explosão de amor,
Sofram todos de alegria plena,
Rogo-lhes tal sina,
E que todos padeçam das sensações
Do meu gozo por amor.
E que neste complexo universo
De sentimentos e energias,
Tenha eu criado o jardim
Da perfeita morada,
Do doce aconchego,
Do nosso lugar de amar.


(Jonathan Freitas)

Devaneio.

Devaneio.


Atraente trova canto,
Canto seduzinte,
Canto de aromas,
De acariantes triscares
De pétalas brisas.
Delirante, flutuante,
Conduzindo...
Perdendo sentidos juízo,
Racional razão desprendida.
Aproximando ao diante
Perante olhar,
Invadindo, apossando,
Contaminando...
Doce mágico suave dançar,
Fantasiando, evoluindo,
Envolvendo...
Tomando todo ser em todo.
Embate de troca desejo,
Em cada desferido
Toque suave carinho.
Atingido,
Ofertar outra face,
Todas as faces quanto tenha,
Consiga, crie, invente.
Ritos caricias
De perfeita paixão.
Devaneio...
Padecimento amor...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Amor em bastidão.

Amor em bastidão.


Múltiplos corações,
Todos amantes corações,
Em caravana amantes,
Pares amantes,
Muitos pares,
Sem que pare amar.
Desvio desdém e enfrentamento
De frieza dureza
Insensível de não amar.
Radiante epidemiedal
Contágio aos próximos e distantes.
Amar em louvação amor.
Total cândida entrega
Em certeza simples
De aplicação plena
Em total natural bastidão
Por própria propriedade.
Passos doces leves
Avassalando trevas
Frias remotas esquecidas.
Erguimento surgimento
De novas campinas férteis,
Ravinas brilhantes,
Savanas ensolaradas.
Renovadas terras
Em prontidão semeio amor.
Decretando boas novas
Em paz e bem feliz.


(Jonathan Freitas)

Sem perdão.

Sem perdão.


Constante mesma tela,
Marco afincado lembrança,
Sem solução removente eficaz.
Cortinas de fatos novos cobrintes,
Esvoaçando ao sopro predominador,
Tilintando, rangendo,
Rufo toque tambor compasso,
Insaneador, insistente.
Quadro de teima cínica
Pênsil piscante a cada
Adormecer de olhos.
Angustia de impotente poder
De poder o tempo revolver
Em conserto do maligno
Alfinete n’alma,
Fisgando, ferindo, cortando
Sem alento perdão
Por seja qual suplicio mundano.
Gritos de perdão ao léu vão espaço
De atentar aos tímpanos da alma
De dor e mágoa.
Agarrar em toda força
Em crença fé esperante,
Esperança de concedido perdão.
Vagas infindas rastejantes
Na trilha buscante.
Apelos desesperados infrutos,
Apenando-se em morte
Por arrependimento.
Sem que nada encerre
O vivente tempo sofrer.
Sem perdão.


(Jonathan Freitas)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Anjos vivenciais.

Anjos vivenciais.


Acaso anjos contigo
Presentes soneiam?

            Acaso anjos à volta
            Revoltam fantasias?

                        Acaso anjos ministram
                        Magias para deleite encanto?

Acaso anjos luminescentes
Emanam clarescencias noturnas?

            Acaso anjos matinos
Decretam luz, sons e aromas alvorecentes?

            Acaso anjos laborais auxiliadores
                        Alegrarão a compulsa?

Acaso anjos medicais
Profilaxiarão tristezas dores e mágoas?

            Acaso anjos risonhos
            Dançaram envoltos na alegria?

                        Acaso anjos de lágrimas
                        Derramarão juntos em emoção?


Acaso anjos de amor e paixão
Frissoneiarão em arrepios medulais?

            Acaso anjos de conforto
            Aquecerão o âmago?

                        Acaso anjos carpideiros
                        Tristearão em afagos e consolos
                        Selando por fim a paz?

Acaso anjos jazigoais
Velarão pelo eterno sono?

            Acaso anjos espoliais
Cuidarão dos germens descendentes?

Se assim o for, talvez,
No concernente olhar,
Terá sido plenamente feliz.


(Jonathan Freitas)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Poeminha contraponto.

Poeminha contraponto. (Algumas frustrações)
 Iniciei comentário, virou um poeminha... rsrs
Posso postar? "Poeminha contraponto"
-Aline Moreira disse sim.
http://melhorestempos.blogspot.com/2011/02/algumas-frustracoes.html


Não me acorde,
Quero sonhar
Tudo mais possível.
De lá remeterei,
Letrinhas, cola,
Guarda-chuva de flores,
Esperança de final feliz,
Brigadeiro, pudim de leite,
Algodão doce,
Fogos de Artifício para
Gozo de final feliz,
Certezas de verdadeiro amor,
E todos os sonhos que quiserdes sonhar.


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Conquista.



Trarei dos céus querubins,
Seduzidos, convencidos, atestadores
De todo sentimento.
Em harmônica seresta sinfonia
Dançarão e cantarão à volta
Em solenes homenagens.
Testemunhando, apadrinhando,
Abençoando sentido querer.
Autenticadores de minhas juras,
Em conquista de desejo paixão
De teu coração, alma, amor...
Em busca, sairemos juntos caminhantes,
Por infinito simples feliz viver.
Diga que sim!


(Jonathan Freitas)

Momento paixão.

Momento paixão.


Não trarei mais em mim
Minhas paixões,
Muitas paixões,
Momentos de feliz paixão...
Devolvo-as à seus tempos
E seres momentos.
Não quero mais sentir em mim
Minhas tantas paixões,
Apaixono-me todo dia,
A todo instante nova paixão.
Reciclar de alma, sentimentos,
Amores e coração.
Componho e escrevo
Novas canções.
Muitas musicas,
Muitos seres,
Muitas paixões,
Culpa lindos belos seres.
Far-me-ei em todo
Uma só paixão.
Todas as músicas escritas,
Canções, poemas.
Tudo em mesma oração,
Em mesmo estado vivente,
Em mesmo ser de mim,
Tudo de volta em mim.
No mesmo velho coração,
Ainda não cansado de se apaixonar,
Despreocupado do tempo
Infinito de amar.


(Jonathan Freitas)

Quando amor perfeito.

Quando amor perfeito.


Quando puder farei,
Quando houver terei,
Quando ouvir cantarei.
Se também puderes,
Se também houveres,
Se também ouvires,
Se também cantares.
Quando tudo acontecer sentirei,
Quando também sentires amarei,
Quando também me amares...
...Ah quando também me amares!
Amaremos...
Acabam-se “Quandos”,
Acaba-se espera de amar,
Estaremos prontos,
Desfrute, deleite, gozo...
Desejo de amar assim.
Daí descobriremos o que se faz
Quando tudo é perfeito.


(Jonathan Freitas)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pé sem pé.

Pé sem pé.


Pé de chinelo em flor,
A espera d’outro,
Flor encanto atração.
Vista olhar só,
De só tentar caminhar
Sem pé de trocar apoiar.
Empurrado, jogado,
Pisado, acostado,
Esquecido...
Sem serventia que o valia só,
Que não injusto calçar de pé só.
Que no melhor de se doar,
Descalça um,
Em amenizo sofrer d’outro.
Companheira par solidão,
Parte metade de si.
Sonhando por caridade
Apanhado, colhido,
Acolhido...
Por ser de nobreza solidária,
Esperante confiante guarda,
Até que único se torne par,
Se encontrando,
Para novo feliz caminhar.


(Jonathan Freitas)

Marejo.

Marejo.


Atobás gaivotas fragatas,
Gorjear de mar.
Terral contra
Ondas correntes mar.
Horizonte além sem fim,
Findar de céu e mar.
Mar ondas rochedar,
Temor fascínio.
De brumas à abissais,
De trevas ao brilho sol.
Lábios gosto de sal,
Olhos brilho céu sol.
Tudo respira
Água ar sol sal.


(Jonathan Freitas)

Apreciação.

Apreciação.


Sintonia oração
Despertado de solidão
Olhar atração
Acontecerá em canção
Notas emoção
Ouvidos coração
Régia paixão
Do ser cuidado em atenção
De carinho das mãos
Suspiros em uis, ais e ãos
Zombando da mequetrefe razão.


(Jonathan Freitas)

Inércia de entrega.

Inércia de entrega.


Entregar-me em pelo nu,
Baixando todas guardas defesas.
Abocanhado por toda sorte
Dos fatos seguintes viventes.
(Agora sem tomar fôlego)
Confiar meus sentidos
Sentimentos em velo cuidado
Aos seres entregues nus
Doados dotados
Magicamente encantadores
Irradiadores do puro
Pleno simples infindável
De luz clarescente
Do inicial cerro círculo amor.


(Jonathan Freitas)

Lagrimal batismal.

Lagrimal batismal.


Lágrimas,
Rio a correr se fez,
Cascatas cataratas,
Salto tombo em fundo pedras,
Escuras duras...
Arrastando-me, levando-me.
Atordoante turbilhão rodopio,
Descontrole...
Desalagoar remanso,
Flutuar,
Estrelas olhar,
Sereno navegar,
Insistente lacrimejar.
Esvair-me,
Purificar-me, destilar, livrar-me,
Tudo que lágrimas
Podem levar,
Lavar...


(Jonathan Freitas)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Anjos predicados.

Anjos predicados.


Olhar em olhos de apelos,
Pedidos amor profundo.
Boca pulsando quente,
Por beijos carente.
Querentes...
Mãos, braços, pele...
Esbaforindo aroma desejo.
Buscando, olhando
À volta, em torno,
Em tola espera que do céu
Venham anjos...
Anjos de alegrias,
Fantasias, calor, sonhos,
Amor e paixão...
Anjos predicados.
Predicados meu desejo.
Anjos missivos portadores,
Agraciando-te nas mãos carregadoras.
Rumando à leito nuvens.
Me vindo...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estrelas e beijos.

Estrelas e beijos.


Desenho que fizemos,
Sobre a areia,
Sob céu de estrelas.
Caminho entre estrelas,
Ligando estrelas.
Estrelas, olhos abertos,
Beijos, olhos fechados.
Boca sabor,
Estrelas desenhos.
Beijos calor.
Aflição calor desejo,
Desejos beijos de mãos,
Beijos de corpos,
Beijos de pele com beijos.
Sopro, estrelas na boca,
Céu de bocas...
Estrelas a volta...
Visita de estrelas?
Viagem em estrelas?
Sem mais que importe...
Momento estrelas...
Momento abraços beijos...
Antes que nos flagre o sol.


(Jonathan Freitas)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sem palavras.

Sem palavras.


Sairei de noite na calma leveza da paz penumbre.
Em tudo quase semelha mais calmo que o dia.
Irradiado sentimento em brumas.
Melodias secretamente destinadas.
Na voracidade suave de suspiros
Abocanho todo sentimento à volta.
Lumaréu atencionante.
Chamar olhares perceptantes
Do ser em simples paixão.
Exaltar-me da torba luz acima,
Tudo mais luz se faz...
Não mais preciso bater asas,
Em arroubo soltar-me leve,
Deslumbrado, fascinado,
Totalmente seduzido.
Felicidade plena deve ser assim...
Feliz, extremamente feliz,
Sem mais palavras que defina
O tudo de bom presente.
Porém preocupo-me,
Não encontrarei palavras
Para descrever minhas emoções
Quando estiveres comigo.
Nem terei como me contar
Nossa história.


(Jonathan Freitas)

Encontros e sonhos.

Encontros e sonhos.


Ela:
- Como me encontrou?
Ele:
- Nos sonhos, você lendo-me. Você me chamou. Uma foto escura de um rosto de luz. Rosto de olhar preso. Perguntei-me, o que encanta este olhar? Parece assistir a coisa mais mágica do mundo, lhe abrindo a alma.
Ela:
- Foi isso? Sonhou que te chamava?
Ele:
- Sim foi.
Ela:
- Sonhei que chamava alguém, mas não sei se era você. Invocava em doces brados a aplicação da lei do príncipe e da raposa. Mas se era você no meu sonho, quando me cativaste, ou eu a você?
Ele:
- Nos sonhos, só pode ter sido. Ou será que não podemos trazer dos sonhos nossos cativos de alma? Ou pior, será que não podemos cativar nos sonhos?
Ela:
- Não sei ao certo, pois sonho dormindo e acordada, estou sempre sonhando.
Ele:
- Eu também, mas nos meus sonhos vejo seres reais, e imaginários. Também acontece de seres de um lado passarem para o outro, aí vira uma confusão só. Uns que não eram, passam a ser, uns que eram, desaparecem dos sonhos, e os perco no mundo real.
Ela:
- Aqui é mesmo muito diferente, até mesmo a alma poeta, vez em quando anda se escondendo. Tanta coisa ruim, gente perversa, sem coração. Lá não, é tudo lindo, gente se abraçando, se amando. Até seres com dores vão até lá em busca dos antídotos do amor.
Ele:
- E poetas? Veja quantos!
Ela:
- Poetas são naturais daqui, todos nascem aqui, pelo menos mentes, almas, corações e todo sentimento, até o que não lhes cabe. Daí vão lá pra baixo escrever, e procurar quem queira ler tudo deles da alma. No real é difícil encontrar leitores com olhos abertos a serem acarinhados em poesia.
Ele:
- É bom, porem perigoso, quando encontramos seres dos sonhos no real, pessoas no real se perdem com muita facilidade, difícil mantê-las junto a nós. Mas é muito melhor, quando pessoas do real vêm para os sonhos, é uma farra só, e nunca nos perdemos.
Ela:
- Mas então, Éramos nós nos sonhos? Cativamos-nos? Como nos encontramos? E o que faremos agora?
Ele:
- Não sei, nem mesmo sei se estamos no real ou nos sonhos.
Ela:
- Acho melhor dormir-mos, quando nos encontrarmos de novo, talvez seja mais fácil descobrir o que fazer, ou o que somos um para o outro.
Ele:
- Mas como saberemos onde estaremos no próximo encontro?
ela:
- Confiemos na alma, nos sentimentos, eles nos darão toda resposta que precisamos. Bons sonhos.
Ele:
- Bons sonhos pra você também.

Eu:
(Jonathan Freitas)