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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Infinito.

Infinito.


Sou assim de modo certo modo
Para a paixão,
O mesmo ser que sou para ti.
Em semelhança assim o sou.
Desde o primeiro foco de luz...
Destaque em meio a seres,
Única tornar-te...
Nada acontecer mudando ao ser pronto,
Prontos a ambos de apenas amar.
Infinitamente perfeito
Não fosse o mundo à volta girar,
Inúmeras combinações formulares,
Lugares, seres, instantes momentos,
Circunstancias e se (s)...
Acontecer pode poder ou não,
Variantes...
Existente perpétuo amor,
Incombustável...
Basta-se vida,
Clama que haja vida.
Sem importar ambiente,
Lugar, momento...
Infinito existente amor.
Amor infinito existente.
Existente amor infinito.


(Jonathan Freitas)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Único beijo.

Único beijo.


Quase não percebo seu sorriso,
Olhar de flor que ninguém vê,
Olhar faceiro, tímido,
Tentando esconder-se do desabrochar.
Jeito menina moleca,
Jeito moça mulher.
Já carregando na tez
Os alheios olhares.
Cativando corações
Desavisados da nova rosa.
Sonhando com o primeiro
Prender de olhar,
Desaguando na primeira atração de bocas.
O primeiro tremor arrepiante
De barriga gelada.
O estupor dentro do peito
De coração endoidecido
Querendo escapulir
Sabe-se lá por onde.
O turbilhão de pensamentos
E emoções desgovernadas
Entorpecendo lentamente.
O primeiro olhar
Ao soltar das bocas,
Olhos embriagados em paixão
Relutantes em esconderem-se,
Afastarem-se...
Das sensações jamais esquecidas
De único primeiro beijo...
Foi bom pra você?


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Descerro.

Descerro.


Calma e suntuosa presença de lembranças,
Encanto aos penumbres olhos,
Revivência fragmentada de pretéritos remotos.
Inquietação de ausente instante vivido.
Imutável temporal seqüentes fatos.
Navegações insólitas
Configurações encaixantes,
Reciclações entre lixos e dejetos temporais,
Memórias retrazidas,
Reproveitos...

Entre a guarda do servil,
Doar receber,
Harmonia de troca,
Equilíbrio...
Guarda de imposto conhecimento saber.
Aprendizado de acalentos
De carinhos de amor,
Também de tombos e feridas.
De parar, contemplar ao nada e colorido silêncio.

Enfrentamento de seres
De féridos olhares
Em gritos calados disparados,
Sulfas de sorrisos maliços.
Tardio perceber da temporalização.
Tardia carência do arrepender,
De perdão não concedido.

Rosas de gira dia,
Estrelas de gira noite,
Sol de gira luz,
Inquietação de águas e ventos.
Adormecer de sonhos,
Pés caminhos em rastros sentimentos.
Em fuga de tempestades,
Caminho à brisa de luz.

Assola-me em presença
Em solo caminho,
União de passos e mãos.
Noitificar em junto repouso,
União de alma e coração.
Descerra-me em alma.
Em vida.


(Jonathan Freitas)

De repente.

De repente.


...É estranho ficar sem você,
Sem sua voz.
Sem sua presença,
Distante de meu amor.
Porque quando a gente gosta
A gente cuida,
(Assim disse o compositor)
Preocupa-se,
Sente a falta.

Gosto de você
Por você gostar de mim,
E o contrário é verácico.

Cortejos de aurora e noite
Ao maldito, lindo e complicado
Mundo que nos afastou,
E nos uniu.
E continua a complicar no simples amor,
O complicado simples amor,
Do simples amor complexo.

Primeiro me abocanha,
Prazerosamente me prende,
Covardemente me solta,
Cospe-me para de novo chamar,
Aprisionar-me...
Maltratar com inesquecíveis
E deliciosos carinhos.
Com a justa da justa labuta do embate
Feroz e doce.

Mal dita benção
Estranho maravilhoso.
Amor de dentro
E do fundo.
O corrosivo de males,
Invasiva adubação de bem querer,
De feliz desvanecer,
Por apenas amar,
De apenas amar.
Amar por muito,
Sonhar por muito mais,
Seja assim,
Apenas assim.
Simples assim...


(Jonathan Freitas)

Presente amor.

Presente amor.


Acontece de comigo estares,
Sinto-te presente em mim,
Distante muitas medidas...
...sensível presente.
Encontro-te dentro de mim,
D’entre paredes coração.
Encontro-te na paixão,
No desejo,
No encanto,
Toda magia e fantasia,
Em todo amor em mim.
Nem a mais linda canção,
Ou o mais profundo suspiro
Podem curar-me.
E gozo todo amor presente.
Sensível de saudade,
De sentido de ausência.
Ainda padeço de imperfeições de matéria.
Mãos, braços e pernas,
Olhos e boca.
Calor de pele,
Aroma de pele, cabelos,
Respiração, pulso, suor...
O calor sabor da boca.
Toque tato suave,
Em carência de corpo e corpo.
Meu corpo cheio de alma,
Cheio de amor em estrelas,
Flores e músicas.
Cheio de amor em mundos,
Em crença esperança
Paciente confiante.
Em aguardo seguindo
Sentindo amando...


(Jonathan Freitas)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Rua do meu amor.

Rua do meu amor.


A rua dos meus sonhos
É ladeada por fantasias.
O mundo de minhas ruas
É pequeno e infinito.
Meu amor mora numa casinha
Simples mas bonitinha.
As vezes passo lá.
Fico feliz só de passar.
Hoje cedo passei lá,
Meu amor me sorriu,
Fiquei desconcertado.
Meu coração se confundiu.
A noite chegou cedo,
Meu amor já dormia,
Eu pensava nela.
Eu sonhava e sorria.
Fiz até uma canção
Onde segurava sua mão,
Olhava em seus olhos,
Tocava seu coração.
Das flores que no campo colhi
Uma lhe ofereci
Seus olhos brilharam,
Vi minha flor nos olhos de minha flor.
Meu coração não coube em mim,
Corri, pulei, dancei e cantei.
Minha flor com minha flor,
Meus olhos nos de meu amor.
Poderia rimar amor e dor.
Posso sonhar que sonho seu sonho.
Acalmar meu coração com suspiros.
Mas nada como a presença de meu amor.
Quanto amor,
Quanto sonhar,
Quanto querer,
Quanto amar...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Menino de pinto.

Menino de pinto.



Tolo menino de pinto.
Puro de pinto menino.
Simples ser,
Ser menino...
Ser criança...
Momento inocência...
Crescente momento...
Crescente aprendiz...
Formato moldado para homem.
Bastei-me com primitivos instintos,
Para homem tornar-me.
Muito mais para homem tornar-me,
Me ofertado foi,
Imposto foi.
Natural de mim é
Encantamentos de tolice...
Balas, balões, sonhos e estrelas...
Cores e sons de flores...
Cores e sons de noite e dia...
O silêncio caladinho de meus medos.
Encantos de sons...
O som da paixão,
O som de neve caindo distante
Que nunca presenciei,
Som de coração
Que por doce olhar se encanta,
Sem razão, só emoção...
Encanto...
Muito mais ao tato audível,
Tato visível,
Tato sensível,
Termático tato,
Olhar palpável de par olhar.
Macio doce pulso d’alma.
Descobridor olhar de tolo
Menino de pinto.


(Jonathan Freitas)

Amor existencial.

Amor existencial.

Mas falando do amor...
Sempre existiu,
Infinitamente...
Sempre existirá.
Este amor
É como uma obra de arte,
Uma estátua esculpida na pedra.
Ela sempre esteve lá,
Sempre existiu.
Só faltava o momento,
O ser,
Que com muito esmero,
Retirou alguns pedaços
Que recobriam sua majestosa forma.
E com coração
Guiando mãos mágicas,
A acariciou com amor,
Até a forma imaginada.
Até a inatingível perfeita polidez.

Diz-se da fragilidade
Da obra criada
Quanto à paciência temporal,
O desgaste,
A fragmentação...
Fragmentos que libertos,
Sofrerão a chance,
Ou toda forma de sorte.
Para serem esquecidos
Nos mais inóspitos sítios.
Ou livres para novamente
Se agregarem,
E outra arte compor.

Estamos cheios de blocos de amor,
Pacientes blocos de amor.
Aguardando por mais
Uma conspiração universal.
Um momento certo,
Um certo ser.

(Jonathan Freitas)

Celebração da vida.


Celebração da vida



Que teu coração,
Se abrande no silêncio.
E tua imaginação divague
Por campos floridos.
E que teus sonhos e fantasias
Alcem vôos infinitos

Que teu alimento,
Teu descanso,
E a harmonia de tua morada,
Sejam dignificados
Pelo teu labor.

E no silêncio
Contemples a simplicidade
E complexidade do universo.

Que navegues
Em mar de paixões e amores.
Sentindo então a dádiva
Dos sentimentos e emoções.
Daí então que te enchas
De alegrias e felicidades.

Sorria, gargalhe,
Pule cante e dance.
Celebrando então
A vida.


(Jonathan Freitas)

Amor pleno.



Amor pleno.


Consciente de meu estado vivente,
De rumores de felicidade.
Da existência do amor,
E seres que amo,
Da necessidade do amor,
Da partilha...
Da troca...
De conviver.

Vão todos à merda,
Egoístas e precavidos distantes.
Amar sem medo,
Em pleno amor,
Gozemos todos
Do bom e do melhor do amor,
E suas possibilidades.
Amor pleno...
É minha sina rogada
Aos mais distantes corações.


(Jonathan Freitas)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amor Verácico

Amor verácico.


Sobre o amor que falei,
E da paixão que ao tempo resistiu,
Tudo verdade.

Do estado dormente latente,
Que apesar de...
...Sempre existiu.

Das quadras de sonhos,
Em ruas de fantasias,
De surpresas das esquinas.

O breve tempo de perto estar,
Com distâncias a passar,
A encontrar.

Terremotos, maremotos e furacões,
Por muitos são conhecidos,
Não causam abalos ao seguro amor.

Mas uma flor tem por si poder,
Que além do doce encanto,
Desarrumar cardio-estruturas.

Em meio a aglomerações solitárias,
Desenho sonhos e fantasias,
Alimentados em espera confiante.

Não, não luto mais contra os ventos,
O poder de trazer, levar e modificar,
Porém agente erosivo.

E por demais difícil se é viver amar.
Anos pesam em rugas cansadas,
A alvidez da pele de amar.

Não há como desacreditar do amor,
Que nos primeiros versos,
Diz-se existir por verdadeiro.


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Estrelas.

Estrelas.


Cerrei meus olhos,
Deparei-me com o mais
Lindo sorriso imaginado.
Olhos de carinho...
Semblante de luz...
Aproximei-me,
Mãos em suave toque as minhas.
Terno e longo abraço.
Boca...
Doce boca a minha tocar,
Beijo de rasuras temporais,
Emocionais, racionais...
Estrovengando sentidos.
Calor do corpo.
Coração junto ao meu,
Pulso compasso sentido.
Quero-me sempre assim,
Junto...

Em dormente sono,
Em sonho te vi ao longe,
Horizonte,
Ao por do sol.
Junto ao astro se indo,
Em ofusca silhueta.
Desaparecendo em chegada escuridão.
Estrelas em lento surgimento.
Olho-as em adivinhação,
A qual contemplar?
A qual dedicar meus versos e canções?
A qual dedicar flores
Com beijos da alma?
Do coração...
De amor...

Vago noites,
Olho e aponto estrelas,
Faço-me em canções,
Noites serenatas...

Canções estrelais busco ouvir.
A voz...
O brando som...
Desejo de branda voz a clamar-me.
Uma só vez que seja...

Coração de teu ser...

Faço-me em orações de bem querer...
Guardar-te em carinho.
Na oculta,
Desconhecida,
Ou inexistente estrela.
No imaginário sonho do som
Que espero ouvir...

Anseio de noitificar-me
Por estrela.
Estrela da flor.
Estrela da canção.
Estrela...


(Jonathan Freitas)