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domingo, 31 de julho de 2011

Utopia.

Utopia.


Quero parar um pouco agora,
Estou muito cansado,
Muito está cansado,
Muito está pesado,
Pesando...
Quero somente na próxima
Vez que acordar,
Estar em tudo diferente,
Pisar descalço,
Num assoalho frio de madeira,
Ouvir o ringir numa canção de começar,
Começar a andar o dia,
Querendo não largar
A preguiça boa da manhã...
Caneca com água da quinta de cerâmica,
Cambalear até a janela,
Puxar as cortinas,
E num bom-dia de luz,
Sorrir...
A brisa fresca com cheiro de dia novinho,
Ainda a beleza das cores
Embriagadas nos olhos de sono,
De sonhos...
É tudo tranqüilo assim,
Que quero acordar viver...


(Jonathan Freitas)

domingo, 3 de julho de 2011

Acerto de contas

Acerto de contas.


Deve-me teu desejo,
Deve-me,
Fazer-me te sorrir...
Dívida sorriso...
Quanto amor despejado,
Aplicado me deves?
Entre amores e paixões,
Vividas ou sonhadas,
Idealizadas de próprio ego,
Desejadas de alma cúmplice,
Suspeita, parceira...
Contraventora do medo amar...
Desapregoada de tempo
Novo viver de acordo...
Sem arengas consumidoras, parasitais...
Não te faculto saldo em
Dívida de te feliz fazer,
Em verdadeira e única recíproca,
Que me alcance minha oportunidade...
Torne-me então,
Promissione-me no desejo,
No sonho...
Acautela-me de esperanças
De esperar do certo instante...
Quanto me consome a dúvida
Da certeza feliz?
Fé, desejo, paixão e amor,
Podem por abusos
Desatar as mãos,
E contrapontearem-se,
Egoando por supremos...
Nem mencionarei responsabilidade,
Dos ônus,
Dos atos de cativar-me...
Mas que despertemos atentos,
No próximo sopro...
E de simples,
Façamos as contas,
Olhemos para os rastros
Deixados por amor...


Jonathan Freitas.