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sábado, 7 de janeiro de 2012

Vôo.

Vôo.


Vou jogar mais uns tantos
Outros dias de vida,
Ao viés de dormir.
Virar-me em asas,
E arriscar voar,
Arriscar cair...
Arriscar desistir de medo...
Mas o canto dos pássaros
É pouco para contar-me
O melhor de lá.
Mas e se de mãos dadas estiver,
Vou logo inventando uma canção,
E dançando de mãos e olhos,
Girando e deixando soltar
As presas tímidas asas...
Será voar sem perceber
A vontade do medo...
Tenho a mão parceira de voar...
Tenho a luz do olhar que prende,
Que toma,
Encanta...
A hora de voltar
Deixo passar,
Deixo ir para outro dia,
E compor mais uma canção,
E outra...
Até...
Sei não...


(Jonathan Freitas)