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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Eu?

Eu?



Deixe-me livre,
Livre para contemplar teus encantos.
Livre da bondade merecida
Por sua visão,
Que espera em retorno
Minha atenção grata.
Livre...
Sou assim meio tonto,
Tolo e imperspicaz...
Conhecer-me mais,
Até no olhar em alheia
Atenção dispensada...
Quero mais aprender
De simples olhar...
Melhor olhar-te.
Sempre mais queremos
Do amor do ser...
Noto mais em estado olhar,
Que em externo estar.
Diz-me:
Te amo,
E lindo, mais lindo
Torna-se teu olhar...
Mais fundo te enxergo em alma.
E cada mais despende-te,
Destaca-te na unidade do ser.
Desejo meu,
Olhe-me apenas
Assim eu sendo...
Diferente, em erros,
Falhas ou virtudes.
E tudo mais que
De mim supores,
Pode ou não
Acometer de verdades
Ou mentiras que nunca, talvez,
Saiba darte-te preciso.
Além de certeiro infinito amor.


(Jonathan Freitas)

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