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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Amoreiras.

Amoreiras.
(Para a amiga Aline Moreira)


Versinhos de sonho inventado:

Cedinho fui ver o sol,
Da janela de te ver saindo
Descalça de meio as amoreiras.
Mãos, dedos, rosto, chita e boca,
Coloridos de amora...
Pendulares cabelos
Ainda desarrumados,
Quase escondem o olhar
Docinho de amora madura...
Parada me olha,
E no corpo esquálido
Coberto na chita branca,
E de toda delicadamente
Desenhada de amora...
Desejei o beijo sonhado,
Mesmo sem a música do baile
Que sonhei para linda te beijar...
Não tenho o beijo do baile,
Nem terei o beijo de amoras...
Engraço-me só do olhar
De ver quem é antes de continuares
Naturalmente a não me ver...
Oxalá demorasse só mais um pouquinho,
Doce, leve, simples e bom...

Fim dos versinhos do sonho inventado.


(Jonathan Freitas)


(Aline Moreira - http://melhorestempos.blogspot.com/)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Rimar.

Rimar.


Olhar a flor quimera,
Que rima com quisera,
Ou com quem me dera...

Olhar a quimera flor,
Pode rimar com dor,
Mas melhor rimar amor...

Tomar a flor quimera à mão,
Rimar a paixão,
Ao sentido em coração...

Em tal momento presente,
Perder o tino da rimas,
Versando o presente com desejo querer...

Juntar ao já sem rima,
As tantas de querentes,
De fantasias de sonhar...

Voltar a rimar o sonhar,
Com a teima de confiar,
Com fé para esperar...

Rimar o esperar com rimar,
Que significando combinar,
Floreia com letrinhas de igualar...

Letras e versos apenas de atesto,
Escritas ou tocadas,
Competido firmar sentimento sentido...

Que deixa levar dissensão,
Em tolices de ofertar,
As rimas inspiradas na flor quimera...


(Jonathan Freitas)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tolos e babacas.

Tolos e babacas.


Gargalhos inaudíveis assolam
Aos pestanejados pelo ego...
Tolos são inocentes,
Babacas são azêmolos persistentes...
Tolos praticam suas asas,
Babacas carregam o peso das somas...
Tolos abraçam e se dão,
Babacas desconfiam...
Tolos arriscam,
Babacas se escondem com seus poupos e medos...
Tolos convidam sorrindo,
Babacas riem se esquivando...
Tolos se abrem no olhar,
Babacas miram ao chão...
Tolos se alegram e se buscam em felicidades,
Babacas temporizam na guarda do vil...
Tolos contemplam bobices simples,
Babacas disputam idiotices da moda...
Tolos colecionam sorrisos,
Babacas constroem bolsos e gavetas...
Tolos voam felizes,
Babacas morrem de medo...


(Jonathan Freitas)