Momento Amor.
Dos eventos momentos
Conspirante universo,
Do remoto reúne antigas lembranças...
Regido por magias e sentimentos.
Aproxima por encanto corações.
No centro da sala vazia,
De vazia e solitária...
Leito frio que aos poucos
Aquece o frio solo da fria sala quente.
Corpos se dão e se abrem
Por puros sentimentos
De puros por inocentes
De puros doces e ternos.
Aos poucos se abrem bocas,
Úmidas e quentes bocas...
...Deslizantes...
Deslizantes mãos...
Peles deslizantes.
Bocas, mãos e peles ritualizando,
Ritos lentos.
O tempo se embriaga no espaço,
Confusão tempo espaço.
Cultivo de ritos, magias e emoções.
A calma avidez de desejos,
O clamor ardente desatando.
A suavidade do bater de asas,
Na busca pelo imponderável.
Sem limites para voar,
Sem rumos a tomar.
Mãos se assanham, arranham...
Rubram-se peles.
A sutil caçada das bocas.
Roubam-se beijos, carícias...
Murmúrios calam balbucios,
Que escondem gemidos calados,
Que calam o silencio da noite fria.
Corpos se buscam insanos...
Corpos explodem,
E tudo mais paira no ar,
O bater das asas,
A busca das bocas,
Das mãos que se perdem,
Das fusas peles molhadas
Em abraços de cravos dedos.
Do amor feito por amor.
E nada mais é sentido, nada mais é dito,
Se não pelo olhar inebriado,
Pelas mãos entrelaçadas,
Pelas bocas cansadas,
Pela pele trêmula,
Pelo coração que bate agitado,
Pelo amor irradiado,
Pelo amor sentido,
Pelo amor feito por amor,
Pelo amor amado,
Amor...
(Jonathan Freitas)