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quarta-feira, 30 de março de 2011

Mirar.

Mirar.


Então assim será,
Meu olhar em lembrança
Do olhar em ida...
Discernimento olhar turvando,
Na distância alongada,
Na cortina lacrimal...
No mesmo peito,
A paixão de peito aberto gritante,
Desacreditando ser ouvida,
Abrandando brado...
Olhar por tanto,
Gritar...
E mundo retoma andar
Do facho avassal de parar.
Que por simples ser
O sentimento de amar,
Manda tudo a volta parar...
Percebimento...
Mais e mais adaram,
Partiram,
Enquanto parado,
Via-te adiante seguir,
Se ir...


(Jonathan Freitas)

terça-feira, 29 de março de 2011

Composição.

Composição.


Rede balanço,
Silêncio de horas
Rompido de brisa em face.
Sono leve
Soando no ranger,
De pra lá,
Pra cá...
Na fronteira dormente,
Devaneio novo poema,
Nova canção...
Versos de própria vida
Em surgimento.
Não me acuso autor,
Apenas artesão compositor
De palavras e versos
Que navegam ante meus olhos.
Somente os agrupo
Em novo poema.
Para vagarem em carinho
A outros seres,
Pele de olhos,
Outras almas,
Corações...


(Jonathan Freitas)

sábado, 26 de março de 2011

Esquinas paixão.

Esquinas paixão.
(Para “Amor e bolhas de sabão”)


Me falaste de tua paixão,
Cautela desprendida,
Fingindo não notar
O coração sumindo das vistas,
Se perdendo entre esquinas.
Sabes de certo retorno,
Sem saber ao certo
De retorno feliz,
Doce temor dos riscos...
Decisões firmes relaxando,
Desejos contidos em promessas
De nunca mais,
Desfeitos no próximo olhar.
Difícil esconder o brilho,
A luz de face feliz,
Sorrir despercebida...
Coração bobo...
Desconhece medo,
Timidez...
Se entrega,
Se mostra todo apaixonado,
E novamente desaparece
Entre esquinas paixão.


(Jonathan Freitas)

htpp://amorebolhasdesabao.blogspot.com/

Poema paixão.

Poema paixão.


Cartei-me de papel,
Tinta e mão.
Boca, música e canção.
Alma e coração.
Grafei sentidos,
Escrevi alma em versos,
Só pra te deixar de mim
Atesto da paixão.
Sentida, trazida guardada,
Querida...
Mais versos do querente
Desejo amar,
Levados a mãos de anjos.
Sonho pelo beijo
O mais lindo poema.
E na aflição das horas,
Que por apenas
Possas me amar.


(Jonathan Freitas)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Momento navegar.

Momento navegar.


Pensei que fosse mais fácil,
Estafei-me de muitas formas,
Navegar rumo horizonte...
Mais certo se é pensar,
Naufragará num dado instante,
Talvez assim o seja previsto
Por muitos olhares.
Certo que seja,
Há tempo de cessar de navegar...
Mas de crença firmada,
Não há lugar a chegar,
Apenas navegar,
Bem devagar e mais se vê.
Talvez o segredo esteja,
Em simples navegar,
Sem pressa de chegar,
Importa estar...
Momento navegar...


(Jonathan Freitas)

domingo, 20 de março de 2011

Incondicional.

Incondicional.


Somos lindos como nascemos,
Somos ainda os mesmos...
Livres de pesos tolos,
Desprenderemos nossas asas.
Deixemos, pois,
De desprezo por nosso dote,
Fomos agraciados
Em jazidas perpétuas,
Com o mais nobre
Sentido conhecido,
Dádiva sublime...
Cabe-nos talvez apenas,
Refinar, lapidar, doar...
Cabe-nos sabedoria carecida
Para desvendar partilha...
Partes cuidadas.
Retribuiremos de nossos
Infindáveis depositórios
Ao semelhante ser.
E nos daremos de volta
Ao provedor...
Esferas de supras,
Mesos e infras,
Abrangência incondicional...
Temo por estado imperfeito,
De a mais uns que outros,
Galgante condição de busca
Crescente...
Largarei de mim o peso
Pênsil umbilical...
De asas em prumo,
Me largarei...



(Jonathan Freitas)

Histórias canções.

Histórias canções.


Tenho muitas histórias,
Por vezes as canto,
Canções de todas formas,
Alegres, tristes, engraçadas...
De claro-brilho ouro,
Ao cinza-triste chumbo.
Crianças e outros seres
De amor e luz...
Muitas lágrimas também,
Choros emoções,
Alegres e nem tanto.
Lágrimas de gargalhar
Também se deram.
Histórias e toda sorte
De sentidas sensações,
Extremas e medianas.
Frações de tempo
De simples caminhar,
Que só de passar,
Compõe minhas canções,
Inertes e lentas,
Agitos dinâmicos.
Morada de meu legado,
Acúmulo de meus pequenos
Blocos, tijolos de tempo...
Em cada fronteira cruzada,
Construções deixadas
Em traços percorridos.
Muitas construções,
Muitas histórias,
Canções...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Amiga.

Amiga.


É de fato minha amiga?
Tens duas opções...
Tome-me por inteiro,
Exatamente como sou.
Para bem estar,
Me faço novo devagarzinho...
Nem menciono o compromisso
Que nunca fizemos...
Não vou te dar de mim,
Apenas a parte que...
...Gostas, preferes ou aches bonita.
Falei de nunca mais
Invocar a lei...
Mas agora o faço de ultimato
Prorrogável...
Tudo não te obrigas a nada,
Não temos véspera,
Somos ocasião,
Momento...
Sou eu de inteiro e digo:
Te amo,
Te amo no ser que me faço
Ao olhar que te toca,
A lembrança de ver,
De pulsar em sentir...
Tome-me amigo...
Ou perca-me...
Por momento que passa,
Cicatriza...


(Jonathan Freitas)

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aprendida ida.

Aprendida ida.


É certo sim que vou,
Ida onde desconheço.
É confesso desejo não ir.
Ilusionei que dedicava
Todo meu amor,
Falha não perceber,
Quanto mais amor há em mim...

Em tanta quanta certa
Real certeza,
Firmei-me eterno feliz,
Planos e sonhos desaguados.
Sem partilha ou somas,
Deixo apenas ônus amor.

Dor e mágoas,
Por ficar,
Por ir...

Sem navios,
Sem planos de retirada,
Dispendiosa fuga.
Sem ponta de luz
Que aponte recomeço,
Somente certa ida...
E quanto mais careço
Aprender mais amar...


(Jonathan Freitas)

De sonhar.

De sonhar.


Em novo sol,
Todas as manhãs,
Despertar espectador,
Perspectivas...
Ideais sonhos de idos,
Renovados em matinas horas.
Tracejar passos ao dia,
Tarde e noite,
Em sonhos persistentes,
Existentes desejos.
Refazendo sacramento
De anseios da alma.
Vez por tempos
Sonhos desejos,
Ambições se dão,
Mas em nada,
Manera leve torna,
A carga de sonhar.
Tornam a germinar
Da alma querente
Novos sonhos...
Realizar sonhos
Por pequenos sidos,
Contentamento...
Venham quantos venham,
Todos os sonhos,
Anseios desejos da alma,
Coração...
E aprazerar-me em
Todo dom,
Todo prazer de sonhar...


(Jonathan Freitas)

terça-feira, 15 de março de 2011

Raízes e asas.

Raízes e asas.


Alem do corpo,
Fora de mim,
Soltura por dote,
Subir, subir, subir...
Simples caminhar
Em trilhas sentimentos.
Não brigo com seus demônios,
Não faço confraria com teus anjos,
Tão pouco, em real, sinto tua dor.
Solidarizar-me em intuito conforto,
Pode, talvez, contribuir,
Nunca bastar.
Mas te digo,
Quanto mais aprendemos amar,
Em mais gozo de paz serene
Nos acometemos.
(Sei lá, eu acho assim).


(Jonathan Freitas)

Comentário em “Extremos” - “Morada dos Versos”
http://moradadosversos.blogspot.com/2011/02/extremos.html

Tempo vento.

Tempo vento.


Espera ida, tempo.
Acordes lentos
Lento acordar
Acordos contratos
Com trato...
Tratar cuidar
Dar doar...
Ar respirar
Inspirar...
Pirar girar
Rodar virar
Outras faces
Outros olhos
Novos...
Nascentes paixões
Amores emoções
Canções de lendas
Ventos...
Levantes ventos

Dias sol
Noites lua
Estrelas...
Tempo...
Amores...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Custas.

Custas.


Custas, valor.
Custas, demora.
Tanto faz,
Não me custa dispor,
Me custa esperar.
Custa chegar.
Custa ganhar.
Conquisto...


(Jonathan Freitas)

Confio.

Confio.


Minha queixa:
Tenho saudade.
Meu desejo:
Mais te ver,
Mais estar.
Meu contentamento:
Minha amiga, querida,
Sentida, guardada,
Cuidada...
Minha certeza:
Amor.
Amor amiga,
Bestinha assim,
...de supra senso...
Ver de onde enxergar.
De cá visto,
É grande...
Lindo assim ser,
Acrescentado por pura fé.
Sabes sim de meu amor,
Assim te clamo por acasos.
De cá,
Arrisco uma mandada,
Talvez falseta,
Muito mais sentido,
Inexplicado amor,
Que justificado na justa
Compreendida atual convence.
Intuição?
Não, o certo, justo mandador,
Fiel equilibrista,
Do homogêneo
Equacionador de recíproca notada,
Considerada...
E em recíproca,
Me guardo em teu coração.
Te sabes...


(Jonathan Freitas)

quarta-feira, 9 de março de 2011

Os olhos da foto.

Os olhos da foto.


No certo momento,
Quero apenas ler poesia,
Abro o livro...
Em tua página,
Por sobre poema,
A fotografia,
Os olhos da foto...
Enigmáticas falas...
Mistério de instante parecer
Carinho, ternura, paixão...
De outro medra-me por fitar...
Olhar questiona,
Indaga em desafio
Sugestionando cautela...
Percorro toda a foto
Para atingir tua poesia...
Percebo-me desprotegido
Para ler em discernimento
Das faculdades...
Sem descompor contexto,
Fotografia e poesia...


(Jonathan Freitas)

segunda-feira, 7 de março de 2011

Olhos de luar.

Olhos de luar.


Posto minha cama sob o luar,
Imensidão contemplar,
Céu estrelas lento girar.
Em face pele corpo nu
Acolho brisas canções
Aromas sabores sensações
Carinhos distantes.
Em olhos boca pele
Frio calor arrepios
Frisson...
Sem entre tantas sentir
A canção que paciente aguardante...
Espero ouvir...
Novas brisas canções
Tomam-me camuflando desejo.
Assim despeço-me do luar
Céu de estrelas brisas.
Cerrando olhos em dormente sono
E em platos alcançar
Esperada canção.
Mesma canção de toques,
De dedos, mãos carinhos,
De aroma brisa cabelos,
De sabor beijo boca.
Olhos,
Mesmos olhos de todas
As noites os vejo,
Em claros sonhos fitastes,
Em palavras do desejo paixão...
Início cotizar-me,
Luz e sol de correr dia.
Até que por mais outra,
Embriague-me o luar,
Aos olhos levar-me.


(Jonathan Freitas)

Blasfema.

Blasfema.


Fui traído,
Traído pela vida,
Fui iludido ao nascer,
Sem saber ao certo
Que era feliz...
Não sou o único, eu sei,
Mas o conspirador nos revela
Dissimuladamente nosso futuro.

Surpresas,
Ótimas, boas, legais,
Ruins ou péssimas,
Não faltaram.

Apenas dois olhos
E um coração...
Pouco para enxergar e sentir
O pequeno universo que me cerca

Era feliz,
Mas, a exemplo de muitos,
Não senti a mudança dos ventos.
Assim como o sol que
Ao amanhecer aos poucos se aquece,
Ou como a maré,
Que sobe e desce,
E poucos percebem.

Percebi então, sentimentos.
Estes mesmos,
Dos quais a muito sou dotado,
Ofertaram-me a cruel dúvida
Da emoção e razão.

Falam-me de
De amor,
Amizade,
Felicidade...
Falaram-me até de
Mundo perfeito.

Tudo isso existe,
Mas muitas coisas,
Na mais remota forma,
Muitos dizem:
“A esperança é a última que morre”
Mas como é descrita
Na própria passividade
Do dito popular...
...Morre.

E assim vivo
Blasfemando.


(Jonathan Freitas)

domingo, 6 de março de 2011

Minhas tramas.

Minhas tramas.


Entre minhas tramas,
Te fazer feliz.
Nasce de meus desejos,
Conspirar...
Cuidar em aconchego,
Calor...
Protejer-te nos sonhos,
Esconder-te de pesadelos,
Adormecerás segura,
Sorrindo...
Despertar de olhos
Sorridentes ao bom dia,
Beijo...
Amor, amor e mais amor.
Feliz...


(Jonathan Freitas)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tudo em Vida

Tudo em Vida

(ao amigo Jonathan Freitas)

Você nasceu de um sonho bom
um dia ensolarado
gentes nas varandas
ruas movimentadas
brincadeiras de roda, cirandas
(gaiolas abertas, nenhum pássaro
enfeitando as paredes)
Crianças saltando do passado
e rindo alegres
em nossa sala, como outrora.
Portas destrancadas
chaves, trincos, trancas, cadeados
Condenados
ao esquecimento.
Movimento?, das roupas no varal
das pipas e pássaros livres
num céu azul de doer.
Movimento do vai-e-vem dos balanços
das bolas, das tranças, do suor
escorrendo na cara das crianças...
(que um dia fomos)
Num passado que não se faz esquecer
Que não se quer esquecer
Dum tempo dourado
açucarado
sem pecado
De música e melodia
beleza e fantasia
embalando nossa infância genuína.
Num tempo que éramos, sim,
Tudo em Vida.

(Aline Moreira)

(01/03/2011)
http://melhorestempos.blogspot.com/2011/03/tudo-em-vida.html

Momento Amor.

Momento Amor.


Dos eventos momentos
Conspirante universo,
Do remoto reúne antigas lembranças...
Regido por magias e sentimentos.
Aproxima por encanto corações.
No centro da sala vazia,
De vazia e solitária...
Leito frio que aos poucos
Aquece o frio solo da fria sala quente.
Corpos se dão e se abrem
Por puros sentimentos
De puros por inocentes
De puros doces e ternos.
Aos poucos se abrem bocas,
Úmidas e quentes bocas...
...Deslizantes...
Deslizantes mãos...
Peles deslizantes.
Bocas, mãos e peles ritualizando,
Ritos lentos.
O tempo se embriaga no espaço,
Confusão tempo espaço.
Cultivo de ritos, magias e emoções.
A calma avidez de desejos,
O clamor ardente desatando.
A suavidade do bater de asas,
Na busca pelo imponderável.
Sem limites para voar,
Sem rumos a tomar.
Mãos se assanham, arranham...
Rubram-se peles.
A sutil caçada das bocas.
Roubam-se beijos, carícias...
Murmúrios calam balbucios,
Que escondem gemidos calados,
Que calam o silencio da noite fria.
Corpos se buscam insanos...
Corpos explodem,
E tudo mais paira no ar,
O bater das asas,
A busca das bocas,
Das mãos que se perdem,
Das fusas peles molhadas
Em abraços de cravos dedos.
Do amor feito por amor.
E nada mais é sentido, nada mais é dito,
Se não pelo olhar inebriado,
Pelas mãos entrelaçadas,
Pelas bocas cansadas,
Pela pele trêmula,
Pelo coração que bate agitado,
Pelo amor irradiado,
Pelo amor sentido,
Pelo amor feito por amor,
Pelo amor amado,
Amor...


(Jonathan Freitas)

terça-feira, 1 de março de 2011

Fotografia.

Fotografia.


Vez por quando,
Algum tempo gasto
Lendo fotografias.
Re-sinto momentos guardados
Em palpável memória.
Click momento
E seu pequeno entorno.
Os sorrisos, olhares,
Momentos, pensares...
Emoção momento sentida.
E sentiria os sons
De olhares, sorrisos...
Mas sons não desprendem
Da imagem.
Apenas relembro...
Mas de hoje ao
Momento visto,
Pouco quase nada semelha,
Presença vaga distante,
Novas vivências,
Outros olhares,
Renovares...
Assim será,
Apenas o click
Gravado em perecível
Matéria papel.
Para somente
Vez por quando...


(Jonathan Freitas)