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domingo, 1 de maio de 2011

O 4º Poema.

O 4º Poema.


Imagino o nosso universo,
Como uma rosa botão,
Um montão de pétalas camadas.
Porém,
Cheias de janelinhas.
As camadas do nosso universo
Se movem independentes,
Aleatoriamente...
Em todos sentidos,
Direções, momentos
E velocidades...
No tracejar das órbitas,
Por vezes,
Janelas se alinham,
E por dádiva de luz,
Cantos escuros
Revoltam aos cantos...
Do longe distante infinito
Chegam as canções
Que compomos...
Em pairamento sobre
O solo iluminado,
Em suave assentar
Despeja o orvalho dos sentidos
Sobre os bulbos dormentes
De encanto, magia,
Fantasias, sonhos,
Doçura e amor
Que despertamos
De não carregar...
E em avassal germinância
De brotos, raízes, caules,
Folhas, frutos, flores
E perfumes entrelaçados,
Volta de doida a gritar
A paixão calada...
E de entre as flores escondido,
Finjo desnotar a revivência
Esfuziante...

(sem tomar fôlego)

Mas descontrolado,
De dentro do fundo
Do peito rasgado
Liberta-se o brado
Eloquente sem juízo,
Sem paras de não te cabe,
Sem razão de distância,
Sem planos conseqüentes,
Sem medida cabente,
Sem chance passada,
Desejada sonhada
Onde de maneiras
Me engano sufocar
Para não te tomar
Na louca descontrolada
Paixão estrondante
Que busco calar...
Mas antes de qualquer razão
De tempo de raciocinar,
Sem mãos de segurar,
Se dá
O ameno solfejar
Cantante...
De...
 onde simplesmente
Ouve-se repetente ecoante,
Enfraquejando ao longe...
Te amo...
Te amo...
Amo...
...


(Jonathan Freitas)

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