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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Arrumar a cama.

Arrumar a cama.


Não quero arrumar a cama,
Queria para sempre
Contemplar os moldes estampados.
Mesma forte marca do poema
Concebido na areia de beira mar,
Feito para desaparecer
No movimento das águas.
Guardar os sentidos,
Até que sejam esquecidos...
Guardarei algumas coisas de ver,
Ter o de enxergar ao mirar idos.
Algumas histórias de cantar...
Mas precisamos desfazer a cama
Do nosso breve instante.
De moldar nossos corpos
No leito ninho...
Repare as formas
Do lençol somente
Na hora de fechar os olhos,
Quando a volta de dentro
Transpirar as sensações
Do momento de moldar a cama.
Guardarei somente os moldes...
E assim cantarei feliz,
Ao lembrar-me do gozo
Ao ser paixão,
Pelo gozo ao ser paixão.


(Jonathan Freitas)

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