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domingo, 1 de maio de 2011

Inevitável.

Inevitável.


Um vento quente sugou-me
De lado a face...
Empurrando meus olhos
Ao rumo desconhecido,
Somente cessando,
Ao dar-me de ver os teus...
E de pronto anunciou
A nova paixão.
Sem tempo de nada.
Medo, receio, cautela
Ou tentar negar.

Não houve tempo
De para mim mesmo mentir,
E covardemente tentar fugir
Do visgo neutralizador das faculdades,
Catalisador da tolice de amar...

Despertado do vácuo da
Lacuna temporal,
Dei-me conta dominado,
Cativo da inesperada
Fulminante paixão...

Dei-me sem juízo a debochar
Da rima contrária do amor.
Na coragem desmedida
Do ser extasiado,
Pus-me de simples a gozar
Da vindoura certeira felicidade infinita...

O pára-quedas não abriu,
E na mais difícil maneira
Voltei ao chão,
Olhei a volta ao tempo do chão,
Ainda a tempo de sentir,
O sabor do beijo deixado...

Dou-me feliz,
Amei a mais sem querer...

Portas e janelas abertas,
Ventos se dão...



(Jonathan Freitas)

Um comentário:

  1. você anda inspirado hein... por que será...

    Muito bom!!!!

    abraços

    Aline Moreira

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