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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Cotidiano.

Cotidiano.


Lembranças de sombras
Não me causam
Mais o medo sentido.
Nem novas sombras,
Acostumei-me as tentativas da luz.
O mundo em que piso
Aqui e acolá,
Ainda é o mesmo,
De passagem ligeiramente
Transformado,
E o tempo passado.

Vejo-me sonhando
Novos e velhos sonhos,
Que como telhados
Em crescente número
Aglomeram-se nos olhos
Na paisagem...
Telhados não se erguem
Sem suas paredes
De sustentar...

Andar, caminhar
E viajar...
Espaço e tempo,
Nada faz novo
Se não por sentir o ato,
O momento no instante
E situação de viver...

Desperdício e degrado,
Se não de mãos próprias,
Fazer no conduzir das rédeas,
O novo germinar.
Este que se desvaloriza temporal,
Com a desmedida partilha,
A mesma de fazer
Alegrar os olhos...

Não quero compor sozinho
Minhas novas canções,
Mãos e abraços,
Compartilharão em sincronia
A partilha no mesmo instante
Ato do tempo corrente...

Muito ainda discorre sem sentido,
Por ora sem sentido,
Talvez a graça esteja
No olhar atento
Ao que parece não
Mover-se,
Nada é inerte
Ao movimento universo.
E tudo se renova
Em todo instante tracejante...


(Jonathan Freitas)

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