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quarta-feira, 16 de março de 2011

Aprendida ida.

Aprendida ida.


É certo sim que vou,
Ida onde desconheço.
É confesso desejo não ir.
Ilusionei que dedicava
Todo meu amor,
Falha não perceber,
Quanto mais amor há em mim...

Em tanta quanta certa
Real certeza,
Firmei-me eterno feliz,
Planos e sonhos desaguados.
Sem partilha ou somas,
Deixo apenas ônus amor.

Dor e mágoas,
Por ficar,
Por ir...

Sem navios,
Sem planos de retirada,
Dispendiosa fuga.
Sem ponta de luz
Que aponte recomeço,
Somente certa ida...
E quanto mais careço
Aprender mais amar...


(Jonathan Freitas)

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