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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Brisa

Brisa.


Acho que me recordo de você,
Meio que de dentro,
Parece muito tempo,
Mas foi ontem...
Lembro-me de uma explosão,
Muito forte,
Contundente...
Sentimentos e emoções
Revoltos no tempo...
Tempo passado
Como água entre os dedos.
Sem sentido de perda,
Sentido de maturação natural.
Tempo e suas travessuras.
Surpresas esquinais...
Guardar sem intenção,
E por simples recordação
Vivenciar na dimensão
De desejos paralelos nos platos
Do suposto remoto impossível
Aos presentes olhos querentes.
Pequenos blocos lembranciais
Adormecidos, flutuantes
Em liquefeitos viveres passados.
Despertos em diversidades
Temporais de momentos...
Até que se acalme em brandura,
Afundando em infra-memória da alma.
Sem saber o tempo,
Da instável chegada
Das mudanças...
Basta-me te sentir
Na música que compomos,
E sopramos no vento
Infinito universal...


(Jonathan Freitas)

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