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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cura e oração.

Cura e oração.


Trincheiras,
Refúgio dos mortos.
Redenção de sedentos.
Nem nosso nome foi guardado.
Lápides apagadas,
Símbolos e destroços.
Rios secos de vidas submersas.
Pó do tempo,
Acumulo de fatos desejos.
Perda sensorial por
Buscas e sonhos.
Poder abrasivo da própria vida.
Retinas cerradas a luz.
Horas que passam.
Velho passado nunca visto.
Seres, jornadas adormecidas
Na temporal perda.

Oremos juntos.

Despertemos os puros,
Seres encantados.
Plenitudes de perfeição.
Molhem nossas bocas sedentas.
Ensinem-nos nossos segredos.
Tornai-nos eternos como antes.
Matem nossa fome.
Faça-nos adormecer de nossa insônia.
Beijem nossas frontes em benção,
Em pretérito saber.
Afaga-nos com tuas mãos,
Reconferindo-nos o simples amor.
Acalenta-nos na paz do colo,
Em simples dormir de sonhar.
De certa a felicidade.
Em apenas preocupar
De gérmenes de feijão
No macio branco algodão.
Encham nossas mãos
Com vossas sementes.
Dai-nos nova chance,
Rebuscaremos terras férteis,
Não mais espinhos, areia ou rochas.
Onde ilusionamos semear.
Doutrina-nos com tudo que esquecemos,
Que perdemos,
Que deixamos.
Devolvei nossas inocências,
Nossas purezas,
Nossos pequenos mundos.
Ensina-nos a essência de vida.
Faça-nos eternos como outrora.
Doces anjos.
Pequenas crianças.


(Jonathan Freitas)

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