Meu vento.
Trago comigo um vento de ir embora,
Embora nele tenha chegado,
Não me perco de meu vento,
Nem pode parar,
Vento parado deixa de ser vento,
E paro junto a ele...
Mas se parar vou assoprar,
Muito e muito forte assoprar,
E se não bastar,
Vou cantar,
E cantando logo dançando,
Girando...
Dançando...
Cantando...
Assoprando...
E o vento formando
E levantando disparando
Como vento que torna ventar...
Sadio e sábio vento,
Sabe a hora de acalmar,
Abrandar ao balanço de rede,
Na mesma calma de secar varais
Sem poeira levantar...
Sabe também forte soprar,
Descompassado ofegar
Até suspirar do gozo
De todo o bom de viver...
Sou eu e meu vento,
Acintoso dissimulado vento...
Não há de segurar ou de amarrar,
Faz de conduzir-me,
E ao levar-me nem sempre
Para onde quero ir...
Desde meu primeiro sopro,
Meu vento...
(Jonathan Freitas)
Meu querido amigo POETA, amei seu blog. Muito legal, parabens!
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