Páginas

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Poema sem fim.

Poema sem fim.


Dos cometidos atos,
Nada feito por inocência,
Nada doado por troca,
Nada recebido acolhido por carência.

Respostas de galope,
Em vento turbilho,
Reações em ações,
Irreversível cometido.

Sem canções de saudades,
Sem lamentos canções,
Sem turilos fumegantes rezas,
Pungência de trinos tristes.

Dores cantam tristes
Apagando luzes,
Calando pássaros, flores, peixes...
Nublando dia em noite.

Mais passos adiante,
Deixando evento,
Largando nas memórias,
O tempo ponto magoado.

Acalmando o refluxo
De lágrimas,
Das magoas cicatrizadas,
De asas em solo apenadas...

Após longa escura noite,
Anseio de novo sol,
Atentando a novas,
Prenúncios...

Em dia claro,
De novos sonhos,
Canto novo sorriso,
Alegre canto.

Encantos de volta ao olhar,
Magia sentida inspirada,
Ventos calmos na face
Vertida ao acima céu de olhar.

Repetindo permitir
Luz e cores a volta,
Na nova clarecência
Da retomada luz sentida.

Tornar-me ao mel floral,
Adoçando a boca de cantar...
Semear canções, versos...
Germinar novos sonhos.

Com a mesma fé
Dos pés descalços,
Certeirar-me de certificados
Dias felizes...

No prosseguir,
Na vida,
Da vida,
Do poema sem fim...


(Jonathan Freitas)

Nenhum comentário:

Postar um comentário