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domingo, 24 de abril de 2011

Derradeirar.

Derradeirar.


Sabes de quanto amor te falo?
Do mesmo tanto que não vivo...
Do presente que espera a vez,
Fruta em maturação,
Vestes guardadas,
Aguardando crescer,
Ou emagrecer...
Noção da pronuncia teu nome,
Mesmo tom de dor
E melancolia questionando
Por queres...
Sucumbido da paixão,
Conformado de saudade,
E mais irrelevante medida de chão,
Silêncio...
Coração que proibiu te amar,
Mandou-me caminhar,
Procurar...
Mas desobediente agregado
Da preguiça de novas dores,
Novas cores...
Não confundir em ofuscamento
Meus olhos,
No processo costume renovação...
Mas sem volta,
Luzes se apagam,
Cortinas se fecham,
E ficarei só no palco sem platéia,
Agregando pó nas teias...
Tornar-me ao coração implorante,
Ao desejo caminhante,
Viajante...
Que somente deseja
Outro amor...
Outro palco,
Novo espetáculo
Nova platéia...
Confiando, esperando
Não mais dores gozar.
E te guardar nas lembranças,
Somente lembrar...
Amores não se apagam.
“Nem quando as cortinas se fecham.”

(Último verso extraído do comentário de Aline Moreira de “Melhores tempos” para “Derradeirar” - http://www.melhorestempos.blogspot.com/)


(Jonathan Freitas)

Um comentário:

  1. Uau!

    "Amores não se apagam"... nem quando as cortinas de fecham! Ficou lindo demais. Parabéns esfusiantes e entusiasmados.

    abraços

    Aline Moreira.

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